Manual para levantamento utilitário e classificação de terras no sistema de capacidade de uso
Editores: Igo Fernando Lepsch
Carlos Roberto Espindola
Oswaldo Julio Vischi Filho
Luís Carlos Hernani
Diego Silva Siqueira
Ano / Edição: 2015 - 1ª Edição
Páginas: 170
Capa : Brochura - Formato: 15,5 x 23 cm -
ISBN: 978858650412-9
Sobre o Livro :
Passados mais de 20 anos, os reclamos por nova versão do Manual foram se acumulando, acrescidos ao fato de que há muito a última edição fora esgotada. Além disso, aos avanços em estudos sobre os solos e a importância que esses se revestiram, em face da preocupação mundial com a qualidade ambiental, segurança alimentar e sustentabilidade do planeta, somaram se aquelas de natureza jurídica ou de legislação que o colocaram no foco central dos problemas.
Afora esses fatores, novas conquistas metodológicas para caracterização do meio físico surgiram com sofisticados sistemas de imagens (radares, satélites) e técnicas computacionais auxiliares, justificando necessários aperfeiçoamentos na aquisição de dados e suas interpretações.
Sistemas de Informação Geográfica (SIG) facilitaram o armazenamento, o planejamento, a gestão e atualização das informações sobre as unidades de mapeamento dos solos. Tais aspectos, entre outros, justificaram a elaboração de nova versão deste Manual.
A utilização desta 5ª Aproximação é recomendada primordialmente para fins de levantamentos do meio físico e planejamento de práticas de conservação do solo em propriedades ou empresas agrícolas, ou em pequenas bacias hidrográficas.
Por isso, seu uso para outras finalidades, como é o caso dos estudos regionais (zoneamento agrícola, escolha de áreas prioritárias para pesquisas mais detalhadas, determinação do valor das terras etc.), deve ser feito com cuidados especiais de adaptações e com estudos que levem em conta as condições socioeconômicas e aptidão agroclimática das culturas.
Recomenda-se, sempre que possível, nesses casos, o emprego de sistemas mais convenientes, como o da Aptidão Agrícola (Ramalho Filho et al., 1978) ou das adaptações regionais do esquema proposto pela FAO (1976).
Na elaboração desta nova aproximação do Manual, levou se em conta a sua utilização não apenas por especialistas da ciência do solo, mas, principalmente, pelos vários profissionais de ciências agrárias, notadamente aqueles afeitos a assuntos de conservação do solo, ou, de maneira mais ampla, a problemas ambientais em que o solo se insere de maneira praticamente automática.
É conveniente salientar que os critérios adotados para o enquadramento das terras em classes de capacidade de uso foram genéricos, em face da diversidade de condições do território brasileiro. Pode haver, portanto, necessidade de se procederem devidas adaptações específicas, tarefa essa que poderá ser desenvolvida posteriormente pelas entidades de âmbito regional, considerando as pressuposições gerais estabelecidas neste Manual.
Inicialmente, são apresentadas normas para execução e apresentação dos Levantamentos Utilitários do Meio Físico; a seguir, uma abordagem sobre tipos de interpretação de levantamento de solos, sistema de classificação e critérios gerais para classificação é considerada. Num passo seguinte, são abordadas particularidades a respeito da caracterização dos aspectos a serem levados em conta na determinação da capacidade de uso, além dos aspectos relativos ao levantamento do meio físico.
Índice :
PREFÁCIO – 7
PARTE I LEVANTAMENTO
UTILITÁRIO DE TERRAS – 11
1. INTRODUÇÃO – 11
2. LEVANTAMENTOS DE SOLOS – 12
3. LEVANTAMENTO UTILITÁRIO DAS TERRAS – 15
3.1. Considerações gerais – 15
3.2. Métodos para execução do levantamento utilitário – 17
3.3. Uso de legendas codificadas – 21
3.4. Codificações e definições dos atributos das terras – 28
PARTE II CLASSES
DE CAPACIDADE DE USO DAS TERRAS – 63
1. INTRODUÇÃO – 63
2. INTERPRETAÇÃO DE LEVANTAMENTOS DO MEIO FÍSICO – 64
3. CLASSIFICAÇÕES NATURAIS E TÉCNICAS – 66
4. CLASSIFICAÇÃO DE TERRAS NO SISTEMA DE CAPACIDADE DE USO – 67
4.1. Categorias do Sistema Classes,
Subclasses e Unidades de Capacidade de Uso – 69
4.2. Critérios de enquadramento das terras / categorias do sistema de capacidade de uso – 74
5. USOS E MANEJOS EM RAZÃO DA CAPACIDADE DE USO – 82
5.1. Classe I: Terras próprias para todos os usos, inclusive para cultivos agrícolas intensivos sem
necessitar práticas intensivas de conservação – 83
5.2. Classe II: Terras próprias para culturas com práticas simples de conservação – 84
5.3. Classe III: Terras p/ culturas c/ práticas intensivas/complexas de conservação do solo – 86
5.4. Classe IV: Terras próprias para culturas anuais ocasionais, cultivos perenes limitados e culturas em rotação com pastagens, florestas e proteção a fauna e flora silvestre – 88
5.5. Classe V: Terras com pouco ou nenhum risco de erosão, mas com limitações impraticáveis de serem removidas, o que limita muito a sua utilização, sendo, por isso, mais apropriadas para pastagens, refiorestamento ou vida silvestre – 91
5.6. Classe VI: Terras com limitações severas, geralmente inadequadas para cultivos e com uso limitado em pastagens, florestas cultivadas/ nativas p/ refúgio de flora e fauna silvestre – 92
5.7. Classe VII: Terras com limitações muito severas, inadequadas para lavouras e de uso restrito para pastagens, florestas cultivadas ou refúgio de flora e fauna silvestre – 94
5.8. Classe VIII: Limitações tais que impedem seu uso para qualquer atividade agrícola, restringindoas à recreação e/ou proteção da flora e fauna silvestres, ou ainda armazenamento de águas (represamentos) – 95
6. ENQUADRAMENTO DAS UNIDADES DE MAPEAMENTO NAS CLASSES, SUBCLASSES E UNIDADES DE
CAPACIDADE DE USO – 97
REFERÊNCIAS – 102
APÊNDICES – 107
1. Exemplo de Memorial Técnico Descritivo e roteiro de levantamento do meio físico e classificação das terras no sistema de capacidade de uso visando à elaboração de planejamento conservacionista – 108
2. Recomendações práticas para execução do levantamento utilitário do meio físico e desenho de mapas – 125
3. Cálculo do balanço hídrico com exemplos para regiões brasileiras que possuem climas
contrastantes, em relação aos regimes pluviométricos – 138
4. Convenções gráficas para mapas de levantamentos e planejamentos – 151
5. Convenções para o segundo e o terceiro níveis categóricos do Uso da Terra – 157